As mulheres não somos capazes de criar novos óvulos. Ao nascer, o fazemos com todos aqueles que vão ser libertados durante a nossa vida até chegar à menopausa. Nosso corpo só é capaz de criá-los, enquanto nos desenvolvemos dentro do ventre de nossa mãe.
Esta fonte, que ao nascer é de 2 milhões, se reduz muito significativamente, já na puberdade, ficando entre 400.000 e 500.000 oócitos, tem data de validade. Mesmo que a placenta está programada pela natureza para viver 9 meses de vida ou os dentes de leite mudar após a infância, os óvulos, -inevitavelmente – irão perdendo a sua capacidade gestante em chegar os 35-40 anos.
Dependendo da idade e da natureza da mulher, a reserva ovariana vai variando. A seleção natural prevê que os melhores óvulos, -os que têm melhores condições para desenvolver uma gravidez – sejam os que se libertem nos primeiros anos de menstruação, quando se é mais jovem. E em conformidade com as mulheres, vamos cumprindo anos, serão desenvolvidos os de pior prognóstico. Isso demonstra as dificuldades que se iniciam a apresentar decorridos 36 anos, tanto para engravidar, como a maior probabilidade de apresentar gestações com problemas, por exemplo, no caso da Síndrome de Down, com 42 anos, a probabilidade é de 1 a cada 60 gravidez, contra 1 a cada 1000 quando se tem 30 anos.
Se bem é verdade que a seleção natural poderia ter todo o sentido anos atrás, em que, para gestar e criar um filho, era imprescindível ser “jovem”, no século XXI, a qualidade e esperança de vida do ser humano, conforme faz anos, é altamente superior e não limita fisicamente a criação de uma família, é mais, muito provavelmente, a sua situação é mais favorável sociais e trabalhistas para fazê-lo.
Mas frente a isso, pouco podemos fazer para dar mais vida aos nossos óvulos: aumentam os casos de problemas de fertilidade associados à reserva ovariana. Mulheres com 20 ou 25 anos poderiam ter sido mães sem nenhuma dificuldade, se encontram em frente a um diagnóstico de baixa qualidade ovariana por ter atrasado o momento de engravidar, o que, em muitos casos, lhes obriga a necessidade de recorrer a óvulos doados (ovodoação) para ser mães.
A Unidade de tratamento da baixa reserva ovariana do Instituto Bernabeu, abre a possibilidade de formar uma família com óvulos próprios. Tratamentos individualizados para “acordar”, em que se analisam todos os aspectos ligados e se projeta à medida que a terapia mais apropriada para otimizar, por um lado, o número de óvulos e, por outro, sua qualidade fecundante. Uma equipe multidisciplinar de ginecologistas, biólogos reprodutivos, farmacêuticos, endócrino e geneticistas compõem a unidade especializada do Instituto Bernabeu, que é pioneira em aplicar soluções para melhorar a reserva ovariana, porque só com uma abordagem multifatorial se podem contemplar todos os aspectos desta nova realidade médico-social do nosso século.
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